Entre em contato
Clique e entre em contato conosco.
Fale conosco

Os gemidos femininos? São uma tática para conduzir os homens durante o coito.

4 de abril de 2012 Artigos 0 Comment

É relativamente frequente ouvir homens gabar-se de saber quando a mulheres, com as quais estão tendo relações sexuais, chegam ao orgasmo. Baseiam-se nos gemidos de prazer, na palavras que articulam para demonstrar toda sua excitação, incentivando o parceiro a aumentar a estimulação sexual e enaltecendo suas habilidades amatórias e o tamanho de órgão copulatório.

Ficam pavoneando-se com os amigos afirmando que todas suas parceiras chegam sempre ao orgasmo quando fazem amor com ele.

Parece que não assistiram, ainda, ao famoso filme “Harry e Sally – feitos um para o outro” (título original: When Harry Met Sally) quando a jovem e lindíssima Sally (Meg Ryan) simula um intenso orgasmo numa lanchonete depois do amigo Harry (Billy Crystal) afirmar que conheciam quando suas parceira tinham orgasmo ou o fingiam. A demonstração vocalizada do orgasmo de Sally foi tão perfeita que provocou inveja em algumas pessoas, deixando seu amigo Harry com cara de bobo.

É de conhecimento geral que muitas mulheres fingem ter orgasmo durante a relação sexual.

Agora, um estudo científico, realizado pelo Professor Colin Hendrie – bio psicologo do Instituto de Ciências Psicológicas da Universidade de Leed UK – Inglaterra e pela Professora Gayle Brewer da Escola de Psicologia da Universidade do Lancashire Central, chegou à conclusão de que os gemidos femininos durante o coito são uma tática para controlar o parceiro e o próprio ato sexual.

71 mulheres sexualmente ativas e heterossexuais com idade média de 22 anos (entre 18 e 46 anos) recrutadas na comunidade local responderam a vários questionários.

Foi relatado que o orgasmo era obtido, em ordem de frequência, através da manipulação do clitóris pela própria mulher, pelo parceiro, por coito oral proporcionado pelo homem e, menos frequentemente, durante a penetração.

Outras informações revelaram que, enquanto o orgasmo era obtido nas atividades sexuais preliminares (que precediam à penetração), as vocalizações copulatórias eram produzidas (gemidos, gritos, etc) eram frequentemente antes ou durante a ejaculação do homem.

Estes dado, analisados em conjunto, demonstram a dissociação da sincronização do orgasmo experimentado pela mulher e a produção da vocalização copulatória e indicava que há um controle consciente da vocalização copulatória por parte da mulher.

Aproximadamente 25% da mulheres relataram que em mais de 90% do tempo gemiam quando não haviam alcançado o orgasmo.

66% da mulheres afirmaram que gemiam para acelerar a ejaculação do parceiro, com a finalidade de evitar o desconforto, o cansaço e o tédio.

É importante ressaltar que 92% das entrevistadas sabia que a vocalização aumentava a autoestima de seus parceiros, e 87% a produziam conscientemente com este propósito.

Todas elas haviam experimentado orgasmos. Os gemidos eram mais produzidos em outros momentos da relação sexual e não com a penetração vaginal, sendo uma demonstração que a estimulação do clitóris é indispensável neste contexto.

Isso demonstraria que nas mulheres as vocalização do orgasmo e a cópula estão dissociados e que algumas delas estão mais no controle consciente do que inconsciente, quando as produzem.

Seria a demonstração de que, provavelmente, as mulheres as utilizam para manipular o comportamento do parceiro, de modo especial para influenciar o momento do orgasmo.

ORIGINAL PAPER: Evidence to Suggest that Copulatory Vocalizations in Women Are Not a Reflexive Consequence of Orgasm.
Gayle Brewer and Colin A. Hendrie
ARCHIVES OF SEXUAL BEHAVIOR
Volume 40, Number 3, 559-564 DOI: 10.1007/s10508-010-9632-1

Little About Us

  O Instituto Fichera de Ginecologia e Sexologia Médica começou suas atividades em 1992, após ter sido “gestado” durante alguns anos em nossas mentes. Esta gestação foi necessária, pois nós desejávamos ... Read More »