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Vaginismo

16 de janeiro de 2012 Sexologia,Sexologia/Ginecologia 0 Comment

Introdução

O vaginismo é uma disfunção sexual que consiste na contração involuntária dos músculos perivaginais, em geral acompanhada da contração dos músculos adutores da coxa. É uma situação que, muitas vezes torna impossível a realização do ato sexual, por impossibilidade de penetração, já que as coxas permanecem fechadas e, às vezes, os joelhos muito juntos, a cada tentativa de aproximação vaginal do homem, durante o coito.

A principal e mais dominante causa do vaginismo,é de origem psicogênica, sobretudo no que se refere ao medo da dor na primeira relação sexual, ou por experiências anteriores traumáticas, por exemplo estupro ou abuso sexual.

Seria viável pensar que a aparente liberação sexual da mulher estaria em dissonância com o elevado número de casos de vaginismo, no século atual. Contudo a educação sexual ainda repressora e os mitos e tabus sexuais ainda vigentes, têm mantido essa condição que torna a vida sexual feminina um tormento ou um momento de grande desconforto com tendência ao desenvolvimento de outras disfunções.

Não sabemos se o vaginismo tem aumentado ou se as mulheres mais conscientes de seus direitos sexuais têm procurado mais os consultórios de sexologia em busca de solução para uma situação tão desconfortável, e por que não dizer, constrangedora.

Muitas delas conseguem manter durante certo tempo relações sexuais com penetração dolorosa, embora a grande maioria não o consiga. Há também mulheres que chegam a permitir a realização de exames ginecológicos, mas não permitem a penetração vaginal do pênis. A simples aproximação do pênis em ereção as deixa quase em pânico.

O Vaginismo pode ser primário e secundário. No primeiro caso a mulher nunca conseguiu uma relação sexual completa. No segundo caso, ela mantinha atividade sexual até satisfatória, em algumas ocasiões, mas desenvolveu a disfunção após algum tempo de uma vida sexual que se tornou desprazerosa ou traumática. Vale ressaltar que a grande maioria das portadoras de vaginismo encontra-se na primeira situação, ou seja, no vaginismo primário..

A mulher sente-se constrangida, envergonhada e pensa ser a única a viver tal situação. Na realidade ela procura o (a) ginecologista com queixas outras, inclusive de dor lombar ou pélvica, para só depois relatar o real motivo de sua ansiedade. Ele (a) o (a) ginecologista é a primeira pessoa a ser procurada para orientação e/ ou tratamento. Em geral, a mulher é encaminhada pelo(a) próprio(a) ginecologista para as Clínicas de Sexologia.

Como tratar o Vaginismo?

Por se tratar de uma situação basicamente funcional, sem qualquer lesão orgânica ou malformação que impeça a penetração, o tratamento consiste na dessensibilização visando a extinção da resposta sexual inadequada.

O sucesso terapêutico depende muito da participação da mulher e porque não dizer do casal, uma vez que a busca pela terapia ocorre muitas vezes quando já existe um ambiente de culpa e mágoa, por parte de um ou de ambos os parceiros.

A Terapia que oferece melhores resultados, tem sido a Cognitivo Comportamental. A mulher é orientada a permitir-se o autoconhecimento, e o investimento em sua própria vida e sexualidade. É necessária a reformulação de alguns conceitos sexuais e de melhora da autoestima.

Os exercícios de dessensibilização devem ser realizados em ambiente íntimo, seguro e tranquilo. A constância em sua realização é fator fundamental na evolução do processo. E o sucesso terapêutico está em níveis bastante elevados dentre o das disfunções sexuais em geral.

Contudo há mulheres que por algum motivo, não progridem na terapia do vaginismo. Encontram sempre dificuldade para realizar os exercícios e para buscar o autoconhecimento e descoberta do próprio corpo, como se apenas essa descoberta já fosse bastante constrangedora.

Vale ressaltar, que as mulheres portadoras de vaginismo, em geral não apresentam dificuldades para atingirem o orgasmo. Muitas vezes os casais se mantêm durante meses ou anos apenas praticando jogos sexuais, até que realmente decidam procurar o tratamento para o vaginismo. Em nossa experiência, algumas mulheres chegam a permitir o coito anal , atingindo o orgasmo, na maioria das vezes, com a estimulação do clitóris.

Há ainda situações em que o parceiro tem ou desenvolve uma disfunção sexual durante o tempo anterior a busca pela terapia, o que implica em um tratamento não só de um, mas dos dois membros do casal. Mesmo quando isso não acontece, o casal deve ser informado dos passos da terapia. A mulher necessita da segurança oferecida pelo parceiro de que não vai forçar e nem gentilmente tentar a penetração, a não ser no momento adequado.

Embora para muitas mulheres seja constrangedor admitir tal situação, o vaginismo é uma disfunção sexual com alto índice de cura . Ele gera conflitos e culpas não só na mulher, mas também no homem, que muitas vezes se acha incompetente para realizar o ato sexual com sua parceira preferida.

Não deixe que a inibição seja a causadora do seu insucesso sexual, nessa ou em qualquer outra disfunção .

O índice de cura está diretamente relacionado com o investimento e fidelidade tanto nas consultas quanto nos exercícios de dessensibilização que acompanham todas as etapas de um tratamento de sucesso.

A portadora de vaginismo deve se conscientizar de que tem um compromisso com a terapia, e consigo mesma principalmente.

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