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Anatomia do Pênis

Para compreender a disfunção erétil em seu todo, devemos primeiro conhecer a anatomia do órgão sexual masculino, o pênis (palavra derivada do latim clássico pëne – ‘rabo’, depois  mudou seu significado para “membro viril”) ou também falo (do latim tardio phällu, phällus, do grego phallós , nome dado a uma escultura, geralmente em pedra, do órgão sexual masculino em ereção e que representava, em praticamente todos as civilizações antigas, um símbolo religioso de poder reprodutivo ou protetor das colheitas.) e que depois passou a definir, por extensão, o órgão sexual masculino.

ANATOMIA EXTERNA DO PÊNIS

As figuras abaixo dão uma ideia precisa da anatomia externa do pênis (a maioria delas é autoexplicativa)

 

1– hasta peniana ou corpo peniano

2 – prepúcio

3 – glande

4 – meato urinário

 

Vista inferior do pênis flácido que repousa sobre o abdome.

 

 

DESCRIÇÃO DA ANATOMIA INTERNA DO PÊNIS

1 – O pênis é composto de três corpos cilíndricos de tecido erétil.

Um par de corpos cavernosos controla a rigidez/flacidez do pênis, enquanto o corpo esponjoso regula o diâmetro da uretra durante a micção/ejaculação. A porção proximal  dos corpos cavernosos é firmemente presa ao osso púbico, mas a porção distal é recoberta pela glande do pênis, uma expansão de forma cônica do corpo esponjoso.

Os corpos cavernosos possuem numerosos espaços vasculares intercomunicantes (espaços lacunares) dentro da estrutura fibromuscular. As artérias helicinas as quais são ramos da artéria cavernosa, regulam a quantidade de fluxo sanguíneo dentro destes espaços vasculares forrados de endotélio. As vénulas drenam estes espaços lacunares para os plexos venosos subtunicais,  os quais transpassam a túnica e desembocam nas veias dorsal e cavernosa.

O corpo esponjoso é essencialmente um manguito vascular entorno da uretra. A aparência histológica dos espaços lacunares (sinusoides) é similar àquela dos dos corpos cavernosos exceto que os lacunas são geralmente maiores.

A túnica albugínea é fibro elástica recobrindo os três corpos. Ela consiste de uma espessa  camada externa longitudinal e transversa internamente com muitas subcamadas nos corpos cavernosos, mas somente uma fina camada no corpo esponjoso. Essa diferença anatômica fornece a base estrutural pela alta pressão nos corpos cavernosos a baixa pressão no corpo esponjoso durante a ereção.

A fáscia de Buck é uma espessa camada elástica envolvendo o corpo esponjoso e os dois corpo cavernosos. As restantes camadas superficiais do pênis consistem de tecido celular subcutâneo, a fáscia peniana superficial ( a fáscia Dartos) e a pele.

 

 

IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO PÊNIS

 A irrigação arterial do pênis é principalmente assegurada pela artéria pudenda [8], um ramo da artéria ilíaca interna. Divide-se nas artérias bulbouretral [9], dorsal [10] e cavernosa [11]. As artérias pudendas acessórias provenientes das artérias ilíacas externas ou obturadoras também contribuem para suprir o pênis de sangue. A artéria bulbouretral [9] supre a uretra e o corpo esponjoso. As artérias cavernosas [11] penetram nos corpos cavernosos e continuam distalmente no centro dos corpos.

A artéria cavernosa [11] dá origem às artérias helicinas [10] que continuam no pênis ao longo do nervo dorsal e irrigam as estruturas superficiais e a glande do pênis bem como os corpos cavernosos via artérias circunflexas [13]

 

 

 

 Acima: cortes transversais do pênis com suas estruturas.

 

DRENAGEM VENOSA DO PÊNIS

O sistema de drenagem venoso é composto por dois níveis de alimentação: superficial e profunda.

O sistema venoso superficial é formado pelas veias dorsais superficiais [14] , as quais drenam  a pele e o tecido subcutâneo acima da fáscia de Buck.

O sistema venoso profundo começa com as vênulas subtunicais [17] drenando os espaços lacunares (sinusoides), que se fundem para formar as veias emissárias [18]. Estas veias atravessam a túnica albugínea e drenam nas veias circunflexas [16] que por sua vez se juntam co  a veia dorsal profunda [15] abaixo da fáscia de Buck, que termina no plexo venoso periprostático [22], O corpo esponjoso é drenado  pelas veias bulbar [19] e esponjosa, as quais têm muitos canais que comunicam com os corpos cavernosos. As veias subtunical e emissária são comprimidas durante a ereção. Isso resulta numa drenagem venosa mínima e sustentando a ereção.

 

MÚSCULOS ESTRIADOS RELACIONADOS À EREÇÃO

O isquiocavernoso [24] e o bulbocavernoso [25] são músculos estriados enrolando parcialmente a crura do corpo cavernoso e o bulbo do esponjoso, respectivamente. O isquiocavernoso fornece uma maior rigidez ao pênis durante a fase rígida da ereção e o bulbocavernoso auxilia na expulsão do sêmen durante a ejaculação.

INERVAÇÃO DO PÊNIS

A inervação do pênis envolve ambos sistemas nervosos  autônomo e somatossensorial.

[A]  AUTÔNOMO.

As fibras parassimpáticas surgem do centro sacral da ereção (S2-S4). As fibras simpáticas surgem na área toracolombar (T12-L2) e ligam o plexo pré aórtico ao plexo hipogástrico.

As fibras parassimpáticas pré-ganglionares do centro erétil sacral se integram com fibras simpáticas do plexo hipogástrico no plexo pélvico.

Fibras pós-sinápticas viajam nos nervos cavernosos ao pênis. O nervo cavernoso é muito importante para os cirurgiões, à medida que viaja perto da próstata e pode ser danificado durante a prostatectomia radical e transuretral.

Nos corpos, as fibras  dos nervos viajam nas trabéculas para inervar diretamente ambos os músculos lisos e o endotélio.

[B] INERVAÇÃO SOMATOSSENSORIAL.

 A inervação somatossensorial deriva do nervo dorsal do pênis, o ramo terminal do nervo pudendo. A informação sensorial aferente atinge as raízes dos segmentos sacrais S2-S4 de onde é transferida através da vias ântero-lateral espinotalâmico para a área medial pré-ótica (MPOA) no hipotálamo.

No entanto, o nervo pudendo também tem fibras motoras eferentes que chegam ao musculatura do assoalho pélvico inervando os músculos bulbocavernoso  e isquiocavernoso.

Durante a fase rígida da ereção, esses músculos comprimem os corpos cavernosos contra as estruturas ósseas da pelve, aumentando assim a pressão intra cavernosa.

 

CORTE LONGITUDINAL DE UM DESENHO ESQUEMÁTICO DE  UM PÊNIS EM EREÇÃO

FOTOGRAFIA  DE UM PÊNIS EM RÍGIDA EREÇÃO (CONFRONTAR COM DESENHO ESQUEMÁTICO ACIMA)

A fotografia acima mostra o pênis em ereção de um homem jovem que realizou circuncisão por motivo religioso ou por motivos higiênicos. Como é possível ver, a glande está totalmente exposta (foi retirado o prepúcio). Em homens jovens é comum que o pênis adote uma posição para “cima” e não horizontal como normalmente ocorre ou para baixo (menos frequentemente)

A circuncisão não altera, como muitos pensam, a sensibilidade da glande, portanto não modifica o orgasmo, e está comprovado cientificamente que os homens circuncidados têm menor incidência de câncer de pênis e suas parceiras de câncer do colo do útero.

Também, a circuncisão, como não poderia deixar de ser, facilita enormemente a higiene do membro masculino, diminuindo processos inflamatório por acúmulo de esmegma quando a criança ou até no homem adulto que apresenta fimose ou parafimose. É também encontrado nas mulheres na vulva, e pode ser observado ao redor do clitóris.

 

Pênis normal:

 

Mostraremos a seguir, outras fotografias de pênis com alterações anatômicas dentro dos padrões de normalidade.

 

 

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