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Fisiologia da Ereção

O homem, ao deparar-se com estímulos visuais, olfativos, táteis, auditivos e imaginativos provenientes de uma “figura” feminina ou masculina sexualmente significativa para ele, e estando receptivo a eles, desenvolve reações fisiológicas que podem alterar seu comportamento sexual, caso as circunstâncias o permitam.

Para compreender as reações fisiológicas que ocorrem no homem, devemos conhecer, então, o chamado “ciclo sexual masculino”.

Este ciclo sexual é composto de várias fases.

A – Fase flácida.
Em verdade, está é a fase de normalidade para quase a totalidades dos homens. O tônus do sistema nervoso simpático é predominante.
O fluxo sanguíneo é baixo e os músculos lisos das trabéculas estão contraídos. Assim sendo, os espaços lacunares (sinusoides) contém somente uma pequena quantidade de sangue.

B – Fase de enchimento e de tumescência.
É a resposta fisiológica à excitação. Respondendo à estimulação parassimpática, há um incremento do afluxo arterial devido à dilatação das artérias (cavernosas e helicinas) nos corpos cavernosos e uma redução da resistência dos espaços lacunares devido ao relaxamento de suas fibras musculares lisas. A expansão dos espaços lacunares comprime o plexo venoso intra cavernoso e subtunical retendo, assim, o sangue dentro dos corpos cavernosos e permitindo que o pênis se expanda até atingir a plena ereção.

 

C – Fase da plena ereção.
A pressão dentro dos corpos cavernosos está um pouco abaixo da pressão sanguínea sistólica e o pênis está totalmente expandido. O fluxo sanguíneo para dentro e para fora dos corpos cavernosos é mínimo (cerca de 3-5 ml/min). Esta corresponde à ereção normalmente vista depois de uma injeção intra cavernosa ou depois de uma estimulação audiovisual, quando o reflexo bulbocavernoso não foi ativado por estimulação genital.

D – Fase ereção rígida.
A pressão intracavernosa pode ultrapassar muitas vezes a pressão sistólica nessa fase devido a compressão do músculo isquiocavernoso na base do pênis e a completa queda de ambos os fluxos arterial e venoso. A compressão do bulbo do corpo esponjoso também incrementa a tumescência da glande do pênis.
Esta fase ocorre durante a masturbação o no coito quando a estimulação peniana direta dispara o reflexo bulbocavernoso. Se a estimulação peniana é interrompida ou ocorre fadiga muscular, a pressão intra cavernosa cai e o pênis retorna para a fase de plena ereção.

E – Fase de detumescência.
O retorno do tônus dos músculos lisos depois do orgasmo ou depois da estimulação sexual resulta em constrição arterial, reabrindo o canais venosos e causando a detumescência.

 

EJACULAÇÃO
A ejaculação é causada por contrações rítmicas do músculos isquiocavernosos e principalmente do músculo bulbocavernoso que expele o sêmen através da luz uretral.

 

FISIOLOGIA DA EREÇÃO
Então, de que modo o pênis fica ereto, rígido, para permitir uma boa penetração vaginal ou anal, e consentir assim a cópula?
Iremos explicar agora, de modo didático, o que ocorre quando o homem fica excitado mental ou fisicamente ou, na maioria das vezes, conjuntamente.
Existem dois tipos de ereção:
a) Ereção psicogênica
b) Ereção reflexogênica

 

EREÇÃO PSICOGÊNICA
Como foi dito anteriormente, estímulos eróticos como a visão, a audição, o olfato, o tato e a imaginação atuam sobre o cérebro do homem, fato este que, na maioria dos casos, poderá desencadear uma ereção.

Os estímulos eróticos, atuam sobre o cérebro que libera alguns neurotransmissores, especialmente, a dopamina e a oxitocina. Estes neurotransmissores enviam estes estímulos psicogênicos ao pênis, por ativação do sistema nervoso parassimpático, através do sistema neuro sacral e do plexo pélvico.

O cérebro também envia estímulos inibitórios ao pênis, por meio do sistema nervoso simpático. Então, o status do pênis depende do equilíbrio entre as mensagens pro eréteis e antierétesis. Fisiologicamente, as ereções são continuamente inibidas pelo sistema nervoso simpático, explicando o porquê do flacidez do pênis na maior parte do tempo, o que, sem dúvida é de suma importância estética e, principalmente, social.

 

EREÇÃO REFLEXOGÊNICA
A ereção reflexogênica é induzida por estimulação direta dos órgãos genitais, transmitida por meio do nervo dorsal do pênis para o centro sacral da ereção. Os estímulos eferentes partem da medula sacral envolvendo fibras parassimpáticas, através do plexo pélvico e dos nervos cavernosos.

O centro sacral tem conexões com o cérebro que pode modular essas ações. Toques eróticos podem facilitar o reflexo (é o chamado arco reflexo).

Essas ereções podem existir em pessoas com lesões da medula espinhal, quando essas lesões são suficientemente altas.

Os mecanismos eréteis reflexogênicos e psicogênicos normalmente atuam sinergicamente. Significa dizer que o estímulo psicogênico aumenta a resposta produzida pelo estímulo reflexogênico e vice-versa.

 

Nos desenhos esquemáticos abaixo podem ser vistos os locais de atuação dos dois importantes sistemas.

EVENTOS VASCULARES DURANTE A EREÇÃO

A ereção é essencialmente um evento vascular dependente do balanço entre o fluxo arterial e o retorno venoso.

Este processo hemodinâmico tem três componentes principais.
1. Aumento do fluxo arterial pela dilatação das artérias.
2. Relaxamento dos músculos lisos dos espaços lacunares.
3. Diminuição do retorno venoso por compressão dos plexos venosos intra cavernosos e subtunicais devido a dilatação dos espaços lacunares dentro dos corpos cavernosos.

Quando o fluxo arterial nos espaços lacunares é baixo e está em equilíbrio com o retorno venoso, o pênis permanece flácido. Quando o fluxo arterial aumenta e o retorno venoso diminui, ocorre a tumescência.

No estado flácido, as fibras dos músculos lisos das veias e dos espaços lacunares estão contraídas. As veias circunflexas estão abertas. O sangue pode pode fluir livremente dos corpos cavernosos.

Durante a ereção, as fibras dos músculos lisos das veias e dos espaços lacunares estão relaxadas. As artérias helicinas e os espaços lacunares estão dilatados e ingurgitados de sangue.

Os espaços lacunares dilatados comprimem os plexos venosos subtunicais contra a túnica albugínea resultando num retorno venoso marcadamente reduzido. O sangue está represado nos corpos cavernosos, induzindo e mantendo a ereção.

Desenhos esquemáticos dos estados flácido e de ereção do pênis.

 

A – CONTROLE CENTRAL DA EREÇÃO

A ereção depende de um mecanismo de controle central (A) e periférico (B).

É bem conhecido que o cérebro é o mais importante órgão sexual. A ereção é, portanto, coordenada no sistema nervoso central. Os estímulos sexuais são integrados no hipotálamo e a mensagem é transmitida para o pênis através da medula espinhal e do centro sacral da ereção.

A sequência dos acontecimentos “sexuais” no cérebro podem ser assim descrita:

. Os estímulos eróticos se originam numa variedade de diferentes centros no cérebro.

. Os estímulos são processados e integrados no hipotálamo e transformados em mensagens pró-eréteis ou antieréteis. Uma certa variedade de neurotransmissores está envolvida neste processo, principalmente dopamina e oxitocina (pró-eréteis) e noradrenalina e serotonina (antieréteis).

. As ereções são continuamente inibidas pelo simpático. As mensagens antieréteis são mediadas por vias ativadas pela noradrenalina e estimulam um fluxo simpático. As mensagens pró-eréteis são mediadas pela dopamina ativando os neurônios citocinínicos (pró-eréteis), os quais descem pela medula espinal e estimulam o retorno parassimpático.

A figura abaixo mostra, de forma esquemática, as estruturas anatômicas e fisiológicas do controle central e periférico da ereção.

Resumindo e simplificando: há uma constante mudança de equilíbrio entre os fatores pró-eréteis e os antieréteis. A excitação sexual é o resultado do aumento da atividade parassimpática e da diminuição da atividade simpática. Este conceito pode ser traduzido graficamente como o tipo de balança desenhada abaixo.

 

 

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